Escrito por Heloisa Vasconcelos, heloisa.vasconcelos@svm.com.br 14:00 - 08 de Agosto de 2022.
Empreendimentos com foco em estúdios e apartamentos de quarto único têm ganhado espaço sobretudo em regiões nobres da cidade

Tendo morado a vida inteira em uma casa de dois andares, a professora Letícia Mota, de 28 anos, confessa que ainda se assusta ao chegar em casa e perceber a pequenez do espaço que chama de lar. A jovem mora com o noivo em um apartamento com área total de 33 m², sem distinção de paredes entre quarto, sala e cozinha.
Apartamentos como o de Letícia estão se tornando mais comuns em grandes capitais e Fortaleza não escapa da tendência. Incorporadoras têm investido na construção de empreendimentos com foco em estúdios e apartamentos de quarto único e as metragens chegam a até 21,4 m².
De acordo com o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado do Ceará (Sinduscon-CE), Patriolino Dias, a tendência acompanha um novo estilo de vida das famílias, com priorização para a localização do imóvel ao tamanho dele.
Ele afirma que empreendimentos do tipo têm se tornado sucesso de vendas e a procura cresceu por parte de diferentes perfis, desde quem quer comprar para morar ou para investir.
Hoje as famílias são diferentes, tem diversas pessoas que saem da casa dos pais e vão morar só. Tem esse tipo de tipologia para poder morar. Tem pessoas que investem nisso e locam, adquirem para poder locar”.
A VIDA EM 33 M²
Letícia conta que já estava em busca de um apartamento para sair da casa dos pais há dois anos, mas os altos custos de aluguel atrasavam os planos. A oportunidade de se mudar com o noivo apareceu quando uma amiga vagou o estúdio em que ela mora hoje.
“Esse apartamento era de uma amiga minha, os pais dela compraram dois apartamentos menores para os filhos, mas ela decidiu ir para Argentina. O apartamento ia ficar fechado, então surgiu a ideia ‘por que não ficar com o apartamento dela?’”, relata.
Por ser um aluguel acertado diretamente com o proprietário, o casal conseguiu um preço bastante inferior ao praticado na localização. Hoje, ela paga R$ 1.000 de aluguel mais R$ 500 de condomínio, mas ela conta que já viu anúncios no mesmo condomínio em que mora que a soma dos custos chega em R$ 3.000.
Tendo morado a vida inteira em uma casa de dois andares, a professora Letícia Mota, de 28 anos, confessa que ainda se assusta ao chegar em casa e perceber a pequenez do espaço que chama de lar. A jovem mora com o noivo em um apartamento com área total de 33 m², sem distinção de paredes entre quarto, sala e cozinha.
Apartamentos como o de Letícia estão se tornando mais comuns em grandes capitais e Fortaleza não escapa da tendência. Incorporadoras têm investido na construção de empreendimentos com foco em estúdios e apartamentos de quarto único e as metragens chegam a até 21,4 m².